Feeds:
Posts
Comentários

Archive for fevereiro \18\-03:00 2010

Finalmente chegamos aos dois últimos anos da década. Retrospectiva 2008 e 2009:

2008 – Menções Honrosas

Em 2008 saíram dois animes BL muito bons, os primeiros do gênero que eu vi e gostei: Junjou Romantica e Kuroshitsuji. Junjou Romantica é totalmente focado nas relações entre as personagens de uma forma bastante insinuante. Junte isso com um character design e animação de ótima qualidade e você tem uma obra pra fujoshi nenhuma botar defeito. Mas se você não gosta de yaoi, passe longe daqui… ou use sua imaginação para colocar seios nas personagens.

Já em Kuroshitsuji o BL é sutil, quem quiser o ver, verá. O anime é, inclusive, classificado como shounen, tendo um enfoque maior no mistério.

2008 – Skip Beat!

No post anterior deve ter dado pra perceber que sou fã da Inoue Marina. Em 2008 ela mostra mais uma vez a sua maestria em mudar de tons de voz calmos para raivosos em Skip Beat. A história do anime é sobre uma garota, Kyoko (Inoue Marina) que ama Shoutaro e faz tudo por ele. Faz trabalhos domésticos, compra o que ele gosta e deixou de estudar para trabalhar para que ele tivesse uma vida confortável. Ela inclusive nem se importa que ele a trate mal, estar com ele é o suficiente. Detalhe, Shoutarou é um cantor famoso.

Até que Kyoko acaba ouvindo Shou(tarou) conversando com sua empresária, e dizendo que acha Kyoko uma idiota e só fica com ela por ser conveniente ter uma empregada, e que quer ficar com Shouko (sua empresária). Ao ouvir isso tudo, Kyoko fica tão triste que entra em depressão e a partir daí o anime se desenvolve…

NOT!! Triste? Kyoko dedicou sua vida por Shou, deixou de ir ao ensino médio por ele e descobre que ele a considera um capacho. O que ela sente não é tristeza, é raiva. MUITA raiva! Tanta que ela jura vingança a ele. E ele, como perfeito canalha, diz que se ela quer mesmo vingança, devia entrar no showbiz, deixando claro que é impossível para uma garota como ela que não era feminina e nem sabia cuidar de sua aparência.

E essa é a história de fundo de Skip Beat. Nunca vi alguém retratar a raiva e forma tão real e cômica ao mesmo tempo. Nem aquela sede de vingança, de esfregar na cara do outro de que você conseguiu fazer aquilo que ele duvidava.

Realmente espero que façam uma segunda temporada dele, já que o anime terminou num momento que a história se desenvolveria bastante no mangá.

2009 – Bakemonogatari

A Shaft tem uma capacidade incrível de fazer primeiros episódios bizarros que me fazem querer mais. Foi assim com Sayonara Zetsubou Sensei, foi assim com Bakemonogatari. Mais que bizarro, Bakemonogatari foi um tanto quanto perturbador. Ter sua bochecha grampeada definitivamente não é uma imagem agradável, embora seja tratado com relativa naturalidade aqui.

A história é sobre Araragi, um ex-vampiro, que encontra garotas com problemas com espíritos e as ajuda. Simples assim. O charme do anime está nas personagens e nos diálogos. Ou você acha que seria uma personagem qualquer que grampearia a boca de alguém que a salvara? A direção do anime também tem um papel fundamental para tornar Bakemonogatari tão único.

Devo destacar também o episódio 12, o último veiculado na televisão. Um dos momentos mais românticos que já vi em qualquer obra.

E Bakemonogatari fecha com chave de ouro a década de 00.

Read Full Post »

Chegando na reta final da retrospectiva da década, com obras que já estão mais frescas na memória agora.

Anos de 2006 e 2007

2006 – Menções honrosas

De agora em diante vai ser mais complicado ainda eu me limitar a um só título por ano, pois tem vários que merecem ser mencionados. Em 2006 tivemos dois excelentes shoujos-comédia-harém inverso lançados: Ouran Host Club e Yamato Nadeshiko Shichi Henge. Embora eu goste de shoujo mangá, são poucos os animes shoujo que me agradam, e neste ano foram lançados dois excelentes, que curiosamente tem o background bem parecido. Valem a entrada.

2006 – Suzumiya Haruhi no Yuutsu

Não tinha como ser outro anime, Haruhi foi uma revolução no Japão e não é pra menos. História original, personagens cativantes, character design excelente, animação excelente, dublagem de primeira, músicas empolgantes, dancinha contagiante. Esqueci alguma coisa? Ah sim, fanservice. Muito fanservice, o que não prejudica a obra, diria até que o contrário. E também as várias referências ao universo otaku, o que eu acredito que tenha sido o maior trunfo da KyoAni para que a série se popularizasse tanto . Misture tudo isso e você tem o que Haruhi foi e ainda hoje é.

O que me chamou mais a atenção foi a história mesmo, que pode parecer confusa no começo, mas, como eu disse é original. É a história de uma garota, Haruhi, que na verdade é… não, isso seria spoiler. Quem narra a história é Kyon, então na verdade é a história de um garoto que quer levar uma vida colegial normal, que abandona pensamentos infantis de que Aliens, Espers e viajantes do tempo existam. Só que ao se envolver com Haruhi, uma garota que não gosta de nada que seja normal, acaba descobrindo que aliens, espers e viajantes do tempo de fato existem.

Eu não tenho talento como contadora de história, então confira já esse anime!

2007 – Menções honrosas

Não posso deixar de mencionar Lucky Star, comédia mais otaku que eu já vi, nem Nodame Cantabile, obra josei (público feminino mais adulto) que tem como fundo a música clássica e que trata com maestria os relacionamento entre as personagens.

Tenha que citar também o não-acredito-que-perdi-horas-da-minha-vida-vendo-isso School Days. As opiniões que ouço a respeito dele são ou 8 ou 80. No meu caso, dou nota 8 e alerto a todos ficarem longe disso.

Último menção honrosa é Baccano!. Eu ficaria numa dúvida crudelíssima entre ele é o escolhido, mas como eu só fui assistir Baccano! este ano, resolvi deixar o posto para uma obra que assisti em 2007 e que foi uma divisora de águas. Eu não vou nem tentar resumir a história do anime porque não conseguiria fazer em poucas linhas. Só vou dizer que ela se passa nos Estados Unidos na década de 30. É um dos poucos animes que eu recomendo sem medo a não-otakus, uma vez que a história e personagens são excelentes e não é necessário ter conhecimentos sobre o Japão para apreciar a obra.

Ao contrário do meu escolhido do ano…

2007 – Sayonara Zetsubou Sensei

Também, para mim, não tinha como ser outro. Basta olhar o cabeçalho deste blog.

Lembro como se fosse ontem quando eu assisti o primeiro episódio de SZS. A Kafuka dançando às pétalas de flor de cerejeira que caiam. Ela pensando em como a primavera representa um novo começo e esperança. Tudo exagerada e propositalmente clichê. E, finalmente, ela encontrando nosso querido Itoshiki Nozomu se enforcando numa das cerejeiras.

Logo em seguida vem a abertura, que era nada além de um fundo preto com escritos imitando o cinema mudo, com uma música que não combinava em nada com o que tinha sido apresentado até então. Até que no meio da abertura aparece o Maedax fazendo algumas expressões aleatórias por alguns segundos, logo voltando ao estilo cinema antigo.

Terminada a abertura, volta-se à cena inicial, e Kafuka decide salvar o, até então, desconhecido que tentava se enforcar. E ela faz isso o puxando pra baixo, fazendo com que ele sufocasse mais ainda. Durante o processo, a calcinha de Kafuka fica exposta, e como censura contamos com a cara do Maedax cobrindo as partes impróprias. Quando a corda se parte e nosso suicida está a salvo, ele grita num impulso à sua “salvadora” que quase o matou:

“E se eu tivesse morrido?!?!”

Passarinhos cantam naquele momento de silêncio. Kafuka convence-se de que ele não estava tentando se matar, mas apenas tentando ficar mais alto, assim como seus pais já haviam tentado.

Confesso que até este momento eu não estava certa de como eu me sentia a respeito do anime. A arte é peculiar e o humor me agradou muito, mas parecia que ia ser a história de uma pessoa extremamente pessimista (Nozomu) que é contagiada com o otimismo de uma jovem (Kafuka) e que ia se resumir a isso. Bem, a própria continuação do episódio mostrou que não seria esse o caso, embora não tivesse mostrado todo seu potencial. Foi a apresentação das personagens principais, sem muito tempo para chegar nos finalmentes.

Mas logo SZS mostra a que veio: humor ácido, debochado e extremamente japonês. Eu ainda hoje quando reassisto a algum episódio, reparo em algum detalhe que eu ainda não tinha notado ou que não tinha condições de entender. E continuo tendo a certeza que tem muita coisa que eu não entendi. A direção do anime é um papel fundamental nele, multiplicando o efeito humorístico de toda a obra. Os seyuu (dubladores) também são de primeira linha e cada um sabe expressar muito bem suas personagens. Devo dar um destaque especial à Inoue Marina, que interpreta Kitsu Chiri. Os nuances que ela faz com a voz entre os momentos sériose os psicopatas são fenomenais.

E quanto ao clichê que eu esperava, o otimismo da Kafuka só faz com que Nozomu entre num desespero maior ainda, felizmente. (Embora, no fim das contas, isso é o que menos apareça no anime, também felizmente.)

ZETSUBOU SHITA!!!!

Read Full Post »

Quem já viu muitos vídeos sobre animes no YouTube, principalmente de memes, deve ter notado que a maioria tem na descrição que é proveniente do NicoNico Douga, que seria o YouTube japonês.

Porém, assim como o Pixiv, é necessário cadastro para acessar seu conteúdo, então segue um pequeno tutorial dos passos para o cadastro.

Primeiramente, é necesário, obviamente, entrar no site do NicoNico Douga (http://www.nicovideo.jp/). Na parte superior você já vai identificar o campo de pesquisa, mas até para pesquisar é necessário cadastro.

Na barra escura superior você pode notar um escrito em vermelho, mais para o lado direito da tela. É ali que você vai clicar.

Clicando nele, abrirá uma janela com dois campos de preenchimento: o primeiro para e-mail e o segundo para a senha. Como ainda não fizemos o cadastro, você deve clicar no botão vermelho:

Na próxima tela você escolherá entre uma conta Premium (botão dourado) ou comum (prateado). Selecionando o cadastro de conta comum, abrirá a seguinte tela e preenchimento cadastral:

As perguntas secretas são, em ordem: Comida favorita? Comida que não gosta? Escola em que se formou? Nome de solteira da sua mãe? Filme favorito? Nome do seu animal de estimação? Artista/personalidad favorita?

Completo o cadastro, será enviado um e-mail para a confirmação com uma url, bastando clicar nela para completar o cadastro.

E é isso. Quaisquer dúvidas, só perguntar.

Read Full Post »

Ironias da vida

Fui fazer nescau agora cedo e o leite estava azedo. Acho que alguém do futuro viajou para o agora e trocou ele…

Read Full Post »

Por que, afinal de contas, eu gosto de shoujo mangás (mangás voltados ao público feminino jovem), mas não gostei de Crepúsculo (o livro)? Eu me fiz essa pergunta enquanto estava lendo 40 capítulos de Kaichou wa Maid-sama (que por sinal terá anime) numa sentada só. A base da história é a mesma: uma garota que se apaixona por um garoto que retribui o sentimento. Claro que cada uma conta características peculiares, como lugar em que a história se passa, ter ou não elementos supernaturais, etc, mas o cerne da história é o romance entre os dois protagonistas.

Coloquei como exemplo Kaichou wa Maid-sama, mas há diversos outros shoujos que tem essa mesma estrutura, acredito que a maioria seja assim inclusive. Um outro favorito meu do gênero é Dengeki Daisy. Há ainda outros que têm romance, mas que não é necessariamente o foco central da história, como Skip Beat e Nodame Cantabile (este um jousei).

Mas vou me focar em Kaichou: o que ele tem que Crepúsculo não tem? Ou talvez, o que Crepúsculo tem, que Kaichou não tem? A história com certeza não é. As duas são bastante clichê. Não são ruins, mas também não são o suficiente para tornar qualquer uma das obras especial. E nenhuma das obras conta com sub-plots muito extensos, que pudessem chamar a atenção(enfatizando que eu li apenas Crepúsculo, os demias livro da série, não). Então a diferença só pode ser…

Personagens! Não importa se a história se passa numa escola normal ou num mundo pós-apocalíptico no qual ninjas usam Bankai, se as personagens forem carismáticas eu vou gostar dela de alguma forma. Da mesma forma, se as personagens forem ruins dificilmente a história conseguirá ser boa. E mesmo que seja, deixará um gosto amargo.

A personalidade das personagens principais é totalmente diferente, então não faria muito sentido comparar. Mas vale comparar a relação dos casais. Em Crepúsculo Bella vive em função de Edward e Edward em função de Bella. Eles não se preocupam com mais nada além da relação entre os dois, que não mudam. Eles não mudam.

Já com Misaki e Takumi a coisa muda completamente. A relação entre os dois é muito mais sarcástica e, o principal, os dois não vivem um em função do outro. Cada um deles tem suas preocupações e justamente nessas preocupações é que o relacionamento se faz necessário. A Misaki além de estudar um monte para se manter como a melhor aluna da escola, é presidente do conselho estudantil, carregando ele nas costas, e tem um trabalho temporário. Justamente por haver outras preocupações é que um ajuda o outro, um confia no outro, um é amigo do outro e um está apaixonado pelo outro (embora a Misaki tenha dificuldades em admitir).

Mas isso não acontece de uma hora pra outra: Misaki é obrigada a conviver com Takumi e com a convivência é que os sentimentos vão se desenvolvendo. Não é simplesmente achar ele bonito e cair de amores. E também, é graças a Takumi estar ao seu lado que Misaki consegue evoluir. Falei agora há pouco que ela carregava o conselho estudantil nas costas. Isso porque ela odeia homens e não confia neles, e como todo resto do conselho é composto de homens, ela prefere o carregar nas costas do que deixar que eles a ajudem. Ou seja, ela tem um enorme preconceito contra homens, por conta de seu pai ter abandonado a família, e não tem pena de discriminá-los. Takumi é quem faz com que ela passe a dar um voto de confiança aos homens e com isso um grande peso sai dos ombros dela.

Então o que me faz gostar de Kaichou e não de Crepúsculo é a forma com que o romance ocorre. Eu não acredito em amor à primeira vista e não consigo conceber um romance como ocorre em Crepúsculo. Ocorre, sim, atração à primeira vista que pode, eventualmente, levar ao amor. Embora ambas as obras tenham elementos fortes que lembrem ao leitor que são de ficção, o relacionamento tratado em Kaichou é mais realista e é por isso que a obra seria convincente, mesmo que tivesse vampiros vegetarianos que brilham no sol.

Read Full Post »

« Newer Posts - Older Posts »