Finalmente chegamos aos dois últimos anos da década. Retrospectiva 2008 e 2009:
2008 – Menções Honrosas
Em 2008 saíram dois animes BL muito bons, os primeiros do gênero que eu vi e gostei: Junjou Romantica e Kuroshitsuji. Junjou Romantica é totalmente focado nas relações entre as personagens de uma forma bastante insinuante. Junte isso com um character design e animação de ótima qualidade e você tem uma obra pra fujoshi nenhuma botar defeito. Mas se você não gosta de yaoi, passe longe daqui… ou use sua imaginação para colocar seios nas personagens.
Já em Kuroshitsuji o BL é sutil, quem quiser o ver, verá. O anime é, inclusive, classificado como shounen, tendo um enfoque maior no mistério.
2008 – Skip Beat!
No post anterior deve ter dado pra perceber que sou fã da Inoue Marina. Em 2008 ela mostra mais uma vez a sua maestria em mudar de tons de voz calmos para raivosos em Skip Beat. A história do anime é sobre uma garota, Kyoko (Inoue Marina) que ama Shoutaro e faz tudo por ele. Faz trabalhos domésticos, compra o que ele gosta e deixou de estudar para trabalhar para que ele tivesse uma vida confortável. Ela inclusive nem se importa que ele a trate mal, estar com ele é o suficiente. Detalhe, Shoutarou é um cantor famoso.
Até que Kyoko acaba ouvindo Shou(tarou) conversando com sua empresária, e dizendo que acha Kyoko uma idiota e só fica com ela por ser conveniente ter uma empregada, e que quer ficar com Shouko (sua empresária). Ao ouvir isso tudo, Kyoko fica tão triste que entra em depressão e a partir daí o anime se desenvolve…
NOT!! Triste? Kyoko dedicou sua vida por Shou, deixou de ir ao ensino médio por ele e descobre que ele a considera um capacho. O que ela sente não é tristeza, é raiva. MUITA raiva! Tanta que ela jura vingança a ele. E ele, como perfeito canalha, diz que se ela quer mesmo vingança, devia entrar no showbiz, deixando claro que é impossível para uma garota como ela que não era feminina e nem sabia cuidar de sua aparência.
E essa é a história de fundo de Skip Beat. Nunca vi alguém retratar a raiva e forma tão real e cômica ao mesmo tempo. Nem aquela sede de vingança, de esfregar na cara do outro de que você conseguiu fazer aquilo que ele duvidava.
Realmente espero que façam uma segunda temporada dele, já que o anime terminou num momento que a história se desenvolveria bastante no mangá.
2009 – Bakemonogatari
A Shaft tem uma capacidade incrível de fazer primeiros episódios bizarros que me fazem querer mais. Foi assim com Sayonara Zetsubou Sensei, foi assim com Bakemonogatari. Mais que bizarro, Bakemonogatari foi um tanto quanto perturbador. Ter sua bochecha grampeada definitivamente não é uma imagem agradável, embora seja tratado com relativa naturalidade aqui.
A história é sobre Araragi, um ex-vampiro, que encontra garotas com problemas com espíritos e as ajuda. Simples assim. O charme do anime está nas personagens e nos diálogos. Ou você acha que seria uma personagem qualquer que grampearia a boca de alguém que a salvara? A direção do anime também tem um papel fundamental para tornar Bakemonogatari tão único.
Devo destacar também o episódio 12, o último veiculado na televisão. Um dos momentos mais românticos que já vi em qualquer obra.
E Bakemonogatari fecha com chave de ouro a década de 00.